Campo Grande/MS, 19 de Fevereiro de 2019
Em Mato Grosso do Sul as tarifas residenciais quase que dobraram de valor em 2018. A Energisa é a concessionaria responsável no Estado.
Quase metade do valor pago pelos brasileiros na conta de luz em 2017 bancou subsídios e tributos, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
Segundo a entidade, encargos como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e tributos como ICMS e PIS/Cofins representaram 41% da tarifa de energia elétrica daquele ano.
Em 2016, subsídios e tributos respondiam por 40% do custo da energia paga pelos consumidores residenciais.
Dos 33 países que fazem parte da Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil tem a quarta maior carga tributária sobre a energia, atrás apenas da Dinamarca (64%), Alemanha (55%) e Portugal (52%).
Outros países da América do Sul, como por exemplo o México, possui uma carta tributária três vezes menor que a brasileira, de apenas 14%. No Chile, são 16%.
Tarifa
Segundo o presidente da associação dos distribuidores de energia elétrica, Nelson Leite, o Brasil tem a 18ª menor tarifa de energia entre os 33 países da AIE. Sem os impostos, o Brasil teria a 9ª menor tarifa.
"Existe o mito de que a tarifa de energia no Brasil é uma das mais caras do mundo. Não é. E sem tributos, a tarifa fica em uma posição confortável", afirmou Leite.